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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
Estadão Conteúdo – Se dependesse
do entendimento do novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, o presidente
Michel Temer (PMDB) teria o diploma cassado com a ex-presidente Dilma
Rousseff (PT), caso os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidam
pela condenação da chapa no julgamento marcado para o próximo dia 6 de junho.
Escolhido neste domingo para o posto
– a menos de dez dias de a Corte analisar o caso – o jurista já defendeu, em
artigo de opinião, tese contrária à linha de defesa do presidente no tribunal.
No texto, escrito por Jardim e publicado no site de seu escritório de
advocacia, em 8 de julho de 2015, o jurista argumentava que “desconstituído o
diploma da presidente Dilma, cassado estará o do vice Michel, visto que a
eleição do vice é mera decorrência da eleição do titular”.
Os advogados do presidente Temer
defendem a separação das contas entre PT e PMDB na ação que julga abuso de
poder político e econômico nas eleições de 2014.
Jardim era ministro da Transparência,
Fiscalização e Controladoria-Geral da União desde junho de 2016. Ele foi
anunciado para o Ministério da Justiça neste domingo (28) e vai assumir o lugar
de Osmar Serraglio (PMDB-PR), que deve ficar com a Transparência. O novo
ministro é um respeitado jurista e professor de Direito Constitucional, com
atuação em Brasília. Jardim também foi ministro do próprio TSE, entre 1988 e
1996.
O julgamento da chapa foi iniciado no
dia 4 do mês passado, quando os ministros – a corte é formada por sete
integrantes – decidiram reabrir a fase de coleta de provas e marcar mais quatro
depoimentos: Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda (governos Luiz Inácio Lula
da Silva e Dilma); João Santana, ex-marqueteiro do PT; Mônica Moura, empresária
e mulher de Santana; e André Santana, funcionário do casal.
Santana e Mônica afirmaram, em
depoimentos prestados à Justiça Eleitoral, que Dilma tinha conhecimento do uso
de caixa 2 na campanha, um fato considerado novo por Benjamin.
O processo volta ao plenário com uma
nova composição – Admar Gonzaga e Tarcisio Vieira foram efetivados como
ministros titulares, substituindo Henrique Neves e Luciana Lóssio,
respectivamente. O Palácio do Planalto aposta que a troca favorece a absolvição
de Temer.
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